Madeira apareceu sem dúvida à era quaternaire, aquando de uma erupção vulcânica ou um gigantesco tremor de terra. Aumentos submarinos e várias convulsões acentuaram a evolução geológica da ilha. A cratera de Curral DAS Freiras (onde ter-se-iam formado principais os acidentes do relevo central da ilha), vários lagos e chaminés de crateras, as pilhas de basaltos prismatiques que limitam os vales e as costas atestam esta origem. A ilha é constituída por uma alternância de imensos bancos de lava e transformar, visível frequentemente sobre o bordo das novas estradas que entalharam a montanha. O relevo foi alterado seguidamente pela erosão: os cursos de água escavaram vales encaixados, as vagas estilhaçaram os penhascos que debitaram em rolos. As torrentes, nascidas precipitações, apagam o gigantesco inferno de chamas, corrmoem os flancos de balanço poroso e fluindo, escavam durante milénios de estreitos e profundos vales para o norte ou o Sul para traçar-se um caminho até ao mar, deixando a linha de divisão das águas no meio da ilha. Até ao século X da nossa era, o homem será ausente deste mundo hostil abrangido imensa de uma floresta povoada de répteis e de pássaros. | Distingue-se duas vertentes bem distintas, a linha de crista que estende-se da ponta de Tristão, para Porto Moniz, à ponta de São Lourenço, à extremidade é-se, não se baixando único no seu centro ao colo do Encumeada (boca da Encumeada). A vertente do norte está mais húmida que a vertente do sul. Esta cadeia central alonga-se está oeste e separa a ilha de Madeira em duas vertentes do norte e do sul, bem distintas, fazendo obstáculo aos ventos oceânicos (o lesto soufflant do leste, o terrai que provem das montanhas e que dirige-se do norte ao Sul, e o embate que chega do Sul). Se a água de chuva, principalmente, modelou o relevo interno de Madeira, é o mar sobretudo que deu forma às costas. A potente ondulação do Atlântico atacou as inclinações, mesmo pouco duras, para transformar-o de penhascos que constituem quase 80% do litoral; um terço entre elas excede o 100 o Sr. Madeira apresenta uma paisagem atormentada e selvagem. PIC orgulhosas vizinham com profundos precipícios, cobertos de uma vegetação densa, basicamente dos quais torrentes (ribeiras) escavaram a sua via para o mar. A única parte plana é a bandeja de Paúl da Serra, désert e inospitaleira, que se estende dos 20 km² ao noroeste da ilha, à 1.400 m de altitude, e que serve de pasto aos carneiros. As costas, muito escarpados, são por lugares cruzadas de estuários onde estabeleceram-se de pequenos portos de pesca. As praias são raras e geralmente cobertas de gordos rolos. A quase totalidade da costa nordeste mergulha direito no oceano, às vezes de maneira espetacular. Os acessos ao mar são geralmente os mercados dos vales. | Poios | A colonização chocou-se à geografia, e a fertilidade do solo tem igual apenas a dificuldade para explorar-o. Sem estar a fazer um grande esforço de imaginação, realiza-se a amplitude do trabalho realizado para transformar vertentes inteiras em terraços cultiváveis. Os primeiros colonos empregaram o fogo para tomar, sobre espessa a floresta primitiva, os terrenos que cobiçavam. O incêndio propagou-se, diz-se, durante sete anos, de 1420 à 1427, poupando contudo certas lugares onde subsiste a floresta de origem. Esclarecido por este grande incêndio século X, a montanha dût ser domesticado seguidamente. Foi o início de um labor opiniâtre: com obstinação, camponeses e escravos pretos criaram milhares de terraços, às vezes minúsculas, os poios, que ultrapassam agora de vinhas ou bananeiras. A terra arável era inexistente sobre as cimeiras: foi necessário por conseguinte procurar-o à parte inferior das inclinações e transportar-o à costass de homem em capas, porque nenhum animal de traço tinha podido acclimater à ilha. Todos os muros dão hoje à ilha a sua fisionomia caraterística e forçam hoje a nossa admiração, mas não se esquecerá que foi necessário preencher estes terraços de terra, trazida à costass de homem. Únicas cerca de explorações agrícolas de Estado, instaladas sobre aos terrenos mais propícios, utilizam tratoras. Cada um, que seja ou não proprietário da sua terra, labora, semeia, bine e colheita à ajuda de de dois ou três instrumentos muito aproximativos. | Levadas | A ilha é um enorme tanque natural: a água de chuva infiltra-se na massa das cinzas vulcânicas e não é parada único pela camada impermeável de laterite e de basalto. Constitui então reservas subterrâneas que saltam em fontes. A cultura intensiva todo o ano deve livrar-se períodos secos. Para explorar o melhor possível esta terra suficientemente rico para dar várias colheitas anuais intensivas, e para paliar os caprichos de chuvas irregulares, começou-se a escavação de canais de irrigação, os levadas ou drenagens, para encaminhar a água das alturas e conduzir-o sobre cada terraço… Proeza de engenho e de génio civil, esta rede de levadas, empreendida ao início da colonização foi às vezes a obra forçats ou de escravos, mas mais frequentemente de trabalhadores que punham a sua vida em perigo para trazer a água das alturas para os jardins situados mais baixos, às vezes acima a pique vertiginosos. A costa sueste mais cultivada, mas menos regada que a sua vizinha. Para conduzir a preciosa água para destinos afastados ou sobre a outra vertente da ilha, estes levadas emprestam frequentemente a túneis escavados à picareta e aquedutos que lhes permitem seguir imperturbavelmente as curvas de nível. Às vezes, penduram-se à parede e pendem sobre a pique vertiginosos, e é necessário imaginar os homens que realizaram-o, instalados em cestos de vime suspendidos acima do vazio. Ao início do século, contava-se cerca de 200 levadas. A tarefa gigantesca terminou-se bastante recentemente apenas, em 1950, com a realização do levada do Furado, longa de 80 Km. Hoje, um milhar de quilómetros de levadas cruza os desfiles entre as paredes verticais, desliza sob os túneis (furados), passar por cima dos precipícios, corre ao flanco abîmes para transportar a água das montanhas até mais à pequena parcela. Os estreitos e pouco profundos, levadas frequentemente são duplicados pelos caminhos limitados de árvores e de flores a que emprestarão os caminhantes. A rede hoje étatisé quando não é à carga das comunas, mas o controlo é confiado à agentes appointés pelo proprietário do solo. Em 1939, o governo português empreendeu assim um vasto programa de irrigação. Este inclui o encaminhamento da água, captada para 1.000 m de altitude, até à uma central hidroeléctrico seguidamente a redistribuição sobre as terras cultiváveis. A utilização da água é codificada muito estritamente: uma lei do meio do XIXe século regulamenta a utilização da água dos levadas. As rotações de irrigação são fixadas de antemão. Cada agricultor tem direito à uma parte de água avaliada, pagada em hora, e não quantidade. Seria com efeito complicado avaliar o volume, variável sobre o ano, em função do débito do levada; quando o débito reduz-se, o conjunto dos utentes é afetado, ninguém por conseguinte é lesado. Após ter irrigado a sua peça em bruto de terra, cada camponês fecha por conseguinte a válvula à hora prevista de modo que o seu vizinho possa seguidamente regar a sua terra. Este sistema permite à campos situados perto das costas, em zonas mais desfavorecidas, aproveitar da água das coberturas. Distingue-se duas redes: a rede primária, que drena a água para um setor (o levada é em declive suave, largo de 40 cm à 60 cm), e a rede secundária, que distribui inclinações mais ou menos duras de acordo com o terreno. O levada diminui-se então até a não ser mais único uma drenagem aos últimos terraços. Esta rede única pede uma entrevista constante porque folhas mortas ou quedas de pedras cedo teriam feito obstrui-lo todo. Para esse efeito, cada canal é contornado por um pequeno caminho, regularmente percorrido pelos levadeiros, geralmente fácil seguir, e que transforma mais menor passeio enchantement. Sempre à flanco de montanha, acompanhado do ligeiro clapotis da água, descobre-se fundos de vale insuspeitos, dos pontos de vista sumptuosos. Estes caminhos são uma maravilhosa oportunidade, para os amadores de degrau à pé, de descobrir paisagens magníficas sem nunca estar a conhecer de verdade desigual. Entre aos levadas mais importantes, figuram o levada do Norte, o levada costas Tornos e o levada do Furado. |
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